Reduzir o desperdício alimentar é uma boa forma de combater as alterações climáticas. Conhece algumas formas de o fazer
Desde há muitos anos que existem várias plataformas que permitem a troca ou venda de artigos usados, prolongando assim a sua vida útil e evitando que mais recursos sejam consumidos com a produção de novos artigos. Mas, provavelmente, nunca como agora se falou tanto em economia circular.
A começar nas empresas, que cada vez mais promovem e integram a economia circular nas suas estratégias de sustentabilidade, e a terminar nos cidadãos, agora mais conscientes e despertos para a pegada de carbono a título individual e a possibilidade de a diminuir, contribuindo de forma ativa para melhorar o ambiente.
A economia circular faz parte da história da humanidade, na medida em que sempre houve troca de bens entre indivíduos. Contudo, face às evidências mais recentes dos efeitos nefastos provocados pelas alterações climáticas, o conceito ganha hoje outra dimensão e abrangência. Importa, por isso, entendê-lo.
De acordo com a IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, a “economia circular é um modelo de produção e de consumo baseado no princípio da ‘redução, reutilização, recuperação e reciclagem’ dos produtos, materiais e recursos”.
Na sua definição, o organismo público acrescenta que este modelo “reduz o desperdício ao mínimo, permitindo fazer uma melhor gestão dos recursos do planeta e desenvolver novos produtos e serviços, economicamente mais viáveis e ecologicamente mais eficientes”.
Na prática, o conceito de economia circular prende-se com a redução do desperdício ao mínimo possível, seja na produção (com por ex. a introdução de materiais reciclados no fabrico de novos artigos) ou no consumo (ao dar uma nova utilização a um artigo que poderia ir parar ao lixo).
Enquanto consumidores, todos podemos ter um papel ativo na economia circular, ao contribuirmos para que se esgotem todas as possibilidades de reutilizar uma matéria-prima. Mas porque sabemos que nem sempre é fácil saber por onde começar, deixamos-te aqui algumas sugestões de plataformas e iniciativas às quais poderás aderir para te tornares num Ás da economia circular. Neste artigo abordamos as de combate ao desperdício alimentar.
Combater o desperdício alimentar
Diz o relatório Food Waste Index de 2021, do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP, na sigla original), que “se a perda e o desperdício alimentar fossem um país, este seria o terceiro maior emissor de gases com efeito estufa”.
O organismo estima que anualmente sejam desperdiçadas 931 milhões de toneladas de comida a nível global. Cerca de 570 milhões de toneladas deste desperdício ocorrem a nível doméstico, sendo as restantes provenientes dos retalhistas e da indústria alimentar. Considerando o impacto que todo este desperdício gera no meio ambiente, é urgente inverter esta situação.
É precisamente para isso que surgiram plataformas como a Too Good To Go ou a Phenix. Através das suas aplicações móveis podes encomendar cabazes com alimentos a preços mais reduzidos, provenientes de restaurantes, pastelarias, mercearias ou supermercados, que não são vendidos ao longo do dia e que, por isso, correm o risco de ir parar ao lixo.
Para além destas tens outras, como a Olio que promove a troca sem custos de alimentos entre particulares ou estabelecimentos, ou a Magic Fridge que te sugere receitas com base nos alimentos que tens no frigorífico. Tudo para que nada se desperdice.
|Fonte: Away, 18 de Agosto 2022
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