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Comércio tradicional gera menos resíduos que os supermercados

10 Março 2021 Grande Consumo


Os estabelecimentos de comércio tradicional geram cerca de 60% menos resíduos que os supermercados, indica um estudo da EAE Business School.


Os produtos mais desperdiçados, em 2020, foram as frutas (30,8%), as verduras (13,5%) e os lacticínios (12,6%). Para acabar no lixo, os alimentos ou não cumprem com os standards de venda, pela sua forma ou dimensão, por exemplo, ou veem o seu prazo de validade terminado.


Nos países desenvolvidos, a maior parte da comida é desperdiçada na última fase da cadeia de abastecimento. Identificou-se uma correlação supermercado-consumidor final. Um supermercado, independentemente da sua dimensão gera uma grande quantidade de resíduos, tanto pelo seu tipo de atividade como pela variedade do stock que mantém e a necessidade de evitar os custos para a sua imagem que acarretam as ruturas. Num dia de trabalho, devem gerir resíduos orgânicos, de plástico, de cartão, de vidro, de latas e bidões. Os supermercados têm um grande impacto sobre o desperdício alimentar, devido às mudanças sobre o que significam as datas de validade para a segurança alimentar, o que faz com que se desperdice uma grande quantidade de alimentos que ainda estão comestíveis”, assinala Elena Bulmer, coautora do estudo.


Economia circular


Não obstante, o estudo indica as práticas economia circular como fundamentais para a redução do desperdício. Desde políticas comerciais de redução dos preços que estão próximos do final da sua data de validade, a políticas solidárias como a doação de alimentos a organizações de solidariedade e aos próprios colaboradores.


Além disso, de acordo com Elena Bulmer, as próprias políticas de etiquetagem deveriam ser revistas de modo a evitar confusões sobre as datas de validade e custos económicos adicionais. “A consciencialização para o consumo racional nos lares é outro passo essencial para evitar o desperdício de alimentos”, acrescenta.


O estudo também destaca as questões da reciclagem das embalagens e o aumento da oferta de produtos vendidos a granel. Por último, uma gestão adequada dos resíduos orgânicos poderia permitir recuperar o valor acrescentado das quantidades restantes de desperdício alimentar.



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