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Oito dicas para ter uma alimentação mais sustentável

  

Ter uma alimentação mais sustentável é essencial para a saúde do nosso planeta, e a nossa própria saúde agradece. Neste artigo deixamos-lhe algumas alterações alimentares que pode fazer e que demonstram como, em pequenos passos, todos nós podemos contribuir para a redução do impacto ambiental no planeta.

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Tudo aquilo que comemos tem impacto no planeta e em recursos essenciais, como a água. Basta pensar que para se produzir 1 kg de carne bovina são necessários cerca de 15 mil litros de água ou nas áreas de floresta arrasadas para pastagem de gado, cuja criação é o maior responsável pela emissão de gases de efeito de estufa. No mar, por sua vez, a sobre-exploração e a pesca ilegal têm sido responsáveis pela escassez de muitas espécies, pondo em risco o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.

Mudar este panorama passa necessariamente por alterarmos a nossa alimentação, uma mudança que não tem de ser radical. Ficam algumas sugestões que pode adotar facilmente no dia a dia.

Coma mais verdes, vermelhos e amarelos e reduza o consumo de carne

De acordo com o Programa para o Ambiente das Nações Unidas, adotar uma alimentação rica em vegetais, leia-se legumes, fruta, leguminosas, tubérculos, etc., produz menos emissões de gases de efeito estufa, requer a utilização de menos água, melhora o bem-estar animal e permite a disponibilização de mais terra de cultivo (atualmente 60% das terras agrícolas são usadas para pastagem), tão necessária para a alimentação da população em todo o mundo. Não menos importante, ajuda a reduzir doenças crónicas, como as cardiovasculares e a diabetes, por exemplo.

Comece por reduzir o consumo semanal de carne, sobretudo vermelha, e peixe. Escolha inicialmente um dia da semana sem carne, por exemplo, a segunda-feira (Meatless Monday), e, depois, passe para dois ou três dias semanais. Não faltam receitas variadas, nutritivas e saborosas, desde caril de legumes, chilis vegetarianos, salteados com tofu, tartes, risotos, massas, entre outros.

 

Prefira produtos de época e, preferencialmente, locais

Mais saborosos, nutritivos e a um preço mais em conta, os produtos de época são uma boa aposta no cabaz familiar. Se optar por produtos locais, estará ainda a contribuir para dinamizar a economia local e a atividade dos pequenos produtores.

Explore os mercados de produtores, deixe-se seduzir pelos cheiros, cores e sabores. Experimente novos produtos, diversifique as receitas.

Pode igualmente aderir aos cabazes de produtores, que podem ser semanais ou com a frequência que preferir, entregues normalmente em sua casa ou no local de trabalho. Mais uma vez, uns simples cliques num motor de pesquisa abrem-lhe portas para um vasto leque de cabazes com preços acessíveis.

 

Compre, sempre que possível, a granel

Além de reduzir o excesso de embalagens no lixo, muitas delas de plástico, comprar a granel permite igualmente reduzir o desperdício alimentar, já que se podem comprar as quantidades realmente necessárias sem ter de se restringir aos pré-embalados, que muitas vezes são deitados posteriormente fora por se estragarem, por exemplo. Das mercearias às grandes áreas comerciais, são cada vez mais as superfícies com venda a granel, desde frutos secos, especiarias e sementes a chá, leguminosas e mesmo produtos de higiene pessoal e doméstica.

Leve as suas próprias embalagens, sempre que possível, que preferencialmente se possam usar repetidas vezes, como sacos de algodão fino ou de rede, frascos de vidro ou outros recipientes adequados que tenha em casa.

Aproveite produtos em fim de vida

Prestes a chegar à data limite de validade e assinalados por etiquetas de preço de cor diferenciada, os produtos em fim de vida estão bons para consumo imediato, no caso dos frescos, como legumes e carne, podendo, no caso dos não perecíveis, como enlatados, durar ainda umas semanas ou mesmo meses. Dada a redução de preço, são um bom investimento não só para a carteira como para reduzir o desperdício alimentar.

Reduza as doses

As doses aumentaram, ingere-se mais carne do que o recomendado, assim como de açúcar e sal, e estes são apenas alguns exemplos. Moderar as doses contribui para combater o excesso de peso generalizado e todas as consequências que daí advêm, como doenças cardiovasculares, hipertensão e diabetes.

Diga não ao desperdício alimentar

Diariamente, são deitadas fora toneladas de alimentos (anualmente mais de um terço da comida produzida para consumo humano é perdido ou desperdiçado, de acordo com dados do World Wild Fund). Este lixo traduz-se em emissões de CO2 e gastos desnecessários de recursos, como água, usados na sua produção.

Reduzir o desperdício alimentar é fácil: faça listas de compras, passe em revista regularmente o frigorífico e a despensa para consumir os alimentos em risco de se estragarem mais facilmente, faça batch cooking que consiste em planificar as refeições semanais, congele o que sobra, limite a compra de alimentos como pão, fruta e legumes (que são dos alimentos que mais são deitados fora) à realidade do consumo familiar ou compre mais a granel, por exemplo.

Cultive em casa

Se tem varanda ou jardim em casa, aproveite para cultivar alguns produtos e assim reduzir a pegada de carbono devido ao transporte. Das ervas aromáticas a morangos, alface, tomate-cereja, maracujá, curgete ou mesmo cogumelos, por exemplo, os resultados vão certamente surpreendê-lo.

Faça escolhas sustentáveis aquando da compra de peixe e marisco

Sobre-exploração e pesca ilegal bem como a destruição de habitats são responsáveis pela redução de muitas espécies de peixe nos oceanos, como o bacalhau, por exemplo. Um forma de ajudar é imprimir este guia do pescado, afixá-lo no frigorífico e reger-se por ele sempre que comprar pescado e/ou marisco.

Fonte: Notas em dia

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