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WWF denuncia desperdício alimentar enquanto 820 milhões de pessoas passam fome

A WWF (World Wide Fund for Nature) alerta que a perda e o desperdício de alimentos também contribuem para as alterações climáticas, com uma responsabilidade estimada em "pelo menos 6% do total de gases com efeito de estufa"


10 Setembro 2020 Expresso



Mais de 820 milhões de pessoas no mundo passam fome ou insegurança alimentar, enquanto o desperdício de alimentos resulta em custos ambientais de 700 mil milhões de dólares e despesas sociais de 900 mil milhões, segundo a WWF.


"Reduzir o desperdício de alimentos representa uma oportunidade crucial para aliviar a pressão ambiental no nosso planeta", defende a organização de conservação da natureza no relatório Planeta Vivo 2020, divulgado esta quinta-feira.


A WWF (World Wide Fund for Nature) alerta que a perda e o desperdício de alimentos também contribuem para as alterações climáticas, com uma responsabilidade estimada em "pelo menos 6% do total de gases com efeito de estufa", três vezes mais do que as emissões globais da aviação.


"Quase um quarto - 24% - de todas as emissões do setor alimentar vem de alimentos que são perdidos nas cadeias de abastecimento ou desperdiçados pelos consumidores", lê-se no relatório.


As mudanças na utilização dos solos são atualmente o mais importante vetor na perda de biodiversidade, de acordo com a WWF, seguindo-se as alterações climáticas, a sobre-exploração de recursos, a poluição e as espécies invasoras, "não muito atrás".

"Até um quinto das espécies selvagens estão em risco de extinção neste século devido apenas às alterações climáticas", segundo a organização.


A Associação Natureza Portugal (ANP) e a WWF preconizam um Novo Acordo para a Natureza e as Pessoas, destinado a proteger e restaurar a natureza até 2030, como suporte aos objetivos de Desenvolvimento Sustentável.


As três metas deste novo acordo são "zero perda de habitat", "zero extinção de espécies" e "reduzir para metade a pegada ecológica da produção e do consumo".


Os dois documentos foram apresentados numa sessão 'online' em que participaram, entre outros, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e o ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos.




Fonte: Expresso

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