1/3 de todos os alimentos produzidos no mundo acabam no lixo e só em Portugal há um milhão de toneladas de comida que nunca chega a ser consumida.
3 Dezembro 2020 Imagens de Marca
Os números levaram a Missão Continente a associar-se ao movimento cívico nacional "Unidos Contra o Desperdício", criado este ano para chamar a atenção para a problemática do desperdício alimentar.
No manifesto é possível ler que o objetivo é "tornar habitual o aproveitamento de excedentes, alertar para perdas e desperdícios, incentivar e facilitar a doação das sobras e promover o consumo responsável".
"O combate ao desperdício é uma das grandes prioridades do Continente. Todos os processos de compra, de aprovisionamento e de operação das lojas e entrepostos são pensados com vista à prevenção da quebra. O Continente, enquanto líder no retalho alimentar em Portugal, tem assumido ativamente a responsabilidade de influenciar toda a cadeia de valor neste movimento, desde o produto até ao consumidor, pelo que a nossa adesão, através da Missão Continente, tinha de acontecer", explica em comunicado Pedro Lago, diretor de projetos de sustentabilidade e economia circular da Sonae MC.
O reaproveitamento e redistribuição de bens alimentares, através de doações de excedentes alimentares, a instituições de solidariedade social e de apoio a animais, faz parte do dia a dia das lojas Continente. Em 2019, a Missão Continente reaproveitou um total de 12,3 milhões de euros em excedentes alimentares, dos quais 8,5 milhões foram doados a 1013 instituições de solidariedade social e a associações de apoio a animais espalhados pelo país e os restantes disponibilizados aos colaboradores, nas áreas sociais lojas e entrepostos.
Outra estratégia de combate ao desperdício alimentar, implementada há mais de 10 anos nas lojas Continente, são as etiquetas cor de rosa, que comunicam uma redução de preço em produtos que se aproximam ao fim do prazo de validade. Este sistema evita o desperdício e oferece simultaneamente benefício económico ao cliente.
O Continente desenvolveu ainda caixas de 5 kg com frutas e legumes que estão perto de ultrapassar o ponto ótimo de consumo à venda por apenas 50 cêntimos o kilo. Já no caso dos excedentes que perdem efetivamente o seu valor comercial, o Continente tem promovido a sua transformação com o objetivo de lhes dar uma segunda vida, acrescentando valor, como é o caso dos doces e chutneys: o Continente foi o primeiro retalhista nacional a utilizar excedentes das suas lojas para confecionar estes produtos, em 2017.
Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, uma das entidades fundadoras do Movimento, alerta para o facto de o "desperdício alimentar estar no topo das prioridades dos países, das empresas e dos consumidores. Precisamos de sensibilizar a sociedade, de forma geral, para este problema, através de instrumentos e informação, para que possamos reverter o atual cenário de desperdício de alimentos".
O movimento "Unidos Contra o Desperdício" nasceu no "Dia Mundial da Consciencialização para as Perdas e o Desperdício Alimentar". Ao longo do ano, e com o apoio dos seus fundadores (AHRESP, APED, APLOG, Lisboa Capital Verde Europeia 2020, CAP, CIP, CNCDA, Zero Desperdício, FPBA e Refood), o movimento tem planeado um conjunto de ações para impactar e consciencializar a sociedade para a importância do tema.
Fonte: Imagens de Marca
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