A Too Good To Go, a aplicação para telemóvel que começou a ser utilizada pelos portugueses em outubro de 2019, já salvou do desperdício alimentar mais de um milhão de refeições em Portugal. Os números foram divulgados na manhã desta quarta-feira pela empresa responsável pela aplicação.
Segundo a empresa, no final do ano passado já tinham sido adquiridas 1,13 milhões de "magic boxes", ou seja, caixas com alimentos que, se não tivessem sido salvos, teriam ido para o lixo. Isto corresponde a "2 830 092,5 quilos de CO2 equivalente, o mesmo que é emitido por 7414 voos Lisboa-Londres".
A Too Good To Go tem registado um grande crescimento e, no final de 2021, contava com 980 865 utilizadores em Portugal. Atualmente tem 3637 parceiros em Portugal. Através dela, evitou-se o desperdício de "quase 800 mil refeições" em 2021, mais do dobro de 2020, altura em que se contabilizaram cerca de 300 mil refeições, destacou Mariana Banazol, responsável pelo mercado ibérico.
Este ano o objetivo é alcançar 1,3 milhões de utilizadores e marcar presença em mais estabelecimentos.
Está em 17 países
A Too Good To Go está representada em 17 países. No ano passado salvou cerca de 52 milhões de refeições a nível global, um aumento de 84%. Desde o início da sua operação, em 2016, já foram aproveitadas mais de 100 milhões de refeições.
Usar a aplicação dá um "sentimento de fazer algo bom", mas também é um "bom negócio", já que "a comida é vendida com um desconto de 70%", destacou a CEO Mette Lykke. "Quando a inflação sobe, é uma forma de as famílias conseguirem boa comida a preço mais acessível", acrescentou.
Segundo Mette Lykke, "mais de um terço da comida produzida é desperdiçada a nível global", o que tem grandes impactos a nível ambiental, económico e de recursos (mão de obra gasta, combustível, uso de terra, etc.).
A empresa atua também a outros níveis, realizando, por exemplo, campanhas de sensibilização junto de escolas, empresas e público em geral. Lançou um livro de receitas que ensina a aproveitar sobras e tem uma campanha para ajudar a população a interpretar corretamente os prazos de validade dos produtos.
|Fonte: JN, 18 de Maio 2022
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